segunda-feira, 30 de março de 2015

Verbalizando a oportunidade


Quero ter como hobby Filosofar …

Quero ter como profissão salvar

vidas. Quero ter como fito último: Amar!

E, na sociedade, quero sempre ajudar!

Quero, na história da humanidade, entrar!

Nem que seja por um único livro chamado família ou namorada …

Verbalizando a oportunidade, em suma, quero Amar!

Amar! Amar! Amar! Amar!

Quantos e quantos, não sei quantos, versos merecem o teu ar,

Amar!

Quantas e quantas, sei que muitas, vidas precisam de ti pra (re)humanizar,

pra (re)verbalizar …

Quantas e quantas, vejo tantas, oportunidades se perdem por não saberem verbalizar …

Verbalizar pra quê? Por quê? Tenho que fumar!

Prefiro estragar a oportunidade do que aproveitar!

Então fume! Liberdade também é fumar!

Mas a tua vida acaba, o cigarro acaba, você acaba,

tua família acaba, teu amor acaba, tua oportunidade se acaba! …

E depois do ponto não há mais como verbalizar

a oportunidade … jaz(jás) … estarás queimado, acabado,

não lembrado …

E eu? Continuarei a Amar! Amar! Amar! e Amar!

Porque para o Amor uma oportunidade é pouco, ele quer mais

é a eternidade!

Verbalizar o espetáculo, verbalizar a oportunidade,

Verbalizar em tudo, em todos, toda hora, Amar, tudo!

É pouco …

Para o tanto que é esse verbo Amar!

sábado, 28 de março de 2015

Uma gota de Amor; um oceano de furor!


Teus olhos são tão meigos!
Nunca te abandonaria no monte Taiguetos!
Como me dominou com um amor tão infantil!?
Como se fosse, no deserto, o último cantil …

Como mitigar a dor se eu te perder!?
Se o fogo de teu amor arde em mim sem antever
que sou um mortal e, por isso, ainda te perderei!
Nem que seja por um segundo, neste eterna dor terei!

Tão exasperante é o fato da nossa não fusão constante!
Libido desejado desde a gênese da humanidade
e só agora percebemos que esse não tem idade nem austeridade!

Só encontro, hoje, barganhas de Amor,
enquanto que em uma gota sua encontrei um oceano
de furor! Navegando nesse Amor percebi que ele é soberano!

domingo, 8 de março de 2015

O Térreo


Amor!? Um arranha-céu gigante e distante,
penetra os céus, e não penetra meu coração ...
Chega ao Sol, e não se aproxima de mim, errante,
no mirar, o vejo tão pequeno na palma de minha mão!

Ergo o guarda-chuva, mas percebo que não chove, sozinho!
Que tristeza exata, solidão ingrata, nenhuma gota de carinho?
Há de ficar a certeza de continuar erguido e continuo a caminhar.
Percebo que não há mais faixas de pedestres, mas vou tentar …

Que lindo prédio, arranha-céu, percebi que aquela rua tinha meu nome
e que aquele prédio se parecia comigo-só havia escadas-elevador é privilégio.
E quanto eu mais subia, fantasmas de milícia, maior ficava meu sobrenome …

Tudo para não me jogar desse abismo de solidão ...
O meu conforto, acima o tudo; abaixo a “curva”, não será o chão!
O Amor está no ápice do prédio; a tristeza está no Térreo!

domingo, 1 de março de 2015

Amor ressurrecto


Amor que ressurgiu após uma eternidade de espera,
Compêndio de memórias enlouquecedoras da minha melhor era!
E Babel surge em meu baluarte, treme até a mais pétrea amizade.
E tu! Dizes, toca-me! A chaga, aqui, faz tua torre incendiar de saudade!

Já tive amores levados ao cadafalso pela distância, pela idade,
Pelo desespero, pelo tempo … só não perdi amores pelos motivos, de verdade,
Que se deve perdê-los: pelo fim do desespero de amar!
E ainda, vulcão de paixão, ressurges expelindo: Não podes parar!

Como parar?!Se tuas cinzas me fazem lembrar desse amor que insiste em consistir
Em duas solidões que se protegem, e se tocam, e se deleitam,
E se regem, dois vulcões, ressurrectos, firmes em não desistir!

Amor que abala, Amor que restaura, Amor que arrasta, Amor que queima,
Amor que ressurge, Amor que instaura! Intemperante, Amor que teima
Em ressurgir! Agora, neste novo ar, amo-te com chama de magma limiar!