domingo, 8 de março de 2015

O Térreo


Amor!? Um arranha-céu gigante e distante,
penetra os céus, e não penetra meu coração ...
Chega ao Sol, e não se aproxima de mim, errante,
no mirar, o vejo tão pequeno na palma de minha mão!

Ergo o guarda-chuva, mas percebo que não chove, sozinho!
Que tristeza exata, solidão ingrata, nenhuma gota de carinho?
Há de ficar a certeza de continuar erguido e continuo a caminhar.
Percebo que não há mais faixas de pedestres, mas vou tentar …

Que lindo prédio, arranha-céu, percebi que aquela rua tinha meu nome
e que aquele prédio se parecia comigo-só havia escadas-elevador é privilégio.
E quanto eu mais subia, fantasmas de milícia, maior ficava meu sobrenome …

Tudo para não me jogar desse abismo de solidão ...
O meu conforto, acima o tudo; abaixo a “curva”, não será o chão!
O Amor está no ápice do prédio; a tristeza está no Térreo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário