Amor!? Um arranha-céu gigante e
distante,
penetra os céus, e não penetra meu
coração ...
Chega ao Sol, e não se aproxima de
mim, errante,
no mirar, o vejo tão pequeno na palma
de minha mão!
Ergo o guarda-chuva, mas percebo que
não chove, sozinho!
Que tristeza exata, solidão ingrata,
nenhuma gota de carinho?
Há de ficar a certeza de continuar
erguido e continuo a caminhar.
Percebo que não há mais faixas de
pedestres, mas vou tentar …
Que lindo prédio, arranha-céu,
percebi que aquela rua tinha meu nome
e que aquele prédio se parecia
comigo-só havia escadas-elevador é privilégio.
E quanto eu mais subia, fantasmas de
milícia, maior ficava meu sobrenome …
Tudo para não me jogar desse abismo de
solidão ...
O meu conforto, acima o tudo; abaixo a
“curva”, não será o chão!
O Amor está no ápice do prédio; a
tristeza está no Térreo!
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