Já não sou mais uma criança, sou
poeta!
E vivo a vida em contrassensos: entre o
amor e a trombeta,
entre o perdão e as reticências …
entre a transpiração e a indolência
…
Hoje acordei escrevendo poesia …
Ao som da chuva e tripudiando pelo o
Amor com maestria!
Deparando-me com a realidade que o belo
também morre.
E, então, pego apressadamente meu
poema e digo: salva-te! Corre!
Quantos e quantos sonetos meus foram ao
patíbulo,
sobrepujados pelo sono ou pela falta de
sina,
todavia, agora, não os perderei! Nem
pela maior neblina!
De chumbo será a pena no meu
julgamento!
Meus sonetos retiraram tantos pesos do
meu peito.
Escrever sobre o mais belo da vida,
agora, é meu sacramento!