domingo, 22 de fevereiro de 2015

Metalinguagem da manhã


Já não sou mais uma criança, sou poeta!
E vivo a vida em contrassensos: entre o amor e a trombeta,
entre o perdão e as reticências …
entre a transpiração e a indolência …

Hoje acordei escrevendo poesia …
Ao som da chuva e tripudiando pelo o Amor com maestria!
Deparando-me com a realidade que o belo também morre.
E, então, pego apressadamente meu poema e digo: salva-te! Corre!

Quantos e quantos sonetos meus foram ao patíbulo,
sobrepujados pelo sono ou pela falta de sina,
todavia, agora, não os perderei! Nem pela maior neblina!

De chumbo será a pena no meu julgamento!
Meus sonetos retiraram tantos pesos do meu peito.
Escrever sobre o mais belo da vida, agora, é meu sacramento!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Midas do Amor


Ao teu toque, o Amor brota com um quê inusitado
construindo elos de caridade que deixam o mal conjurado!
És uma eterna metalinguagem do Amor divino!
És um Midas homônimo do Amor mais lindo e fino!

Ao teu contato, fez-me gritar estimulado: Se o mal se une, o bem se funde
, e “funde” o mal! No meu desespero, receber teus modos elevados
serviu-me para contemplar tua grandeza e para ver que ainda há sal(não aliunde!)
na terra, a fim de dar gosto a ela e que nem todos os lumes estão apagados …

O teu alimento é a tua própria essência,
pois tudo que tu tocas se transforma em benevolência!
És um Midas fora de maldição e cercado de benção!

Em meio a tantos, toquei-te para revigorar-me(com Amor triple)
e tu indagaste: quem vieste a mim? E eu, alegremente, te respondo:
Fora eu, Midas do Amor, pois, ao teu toque, não há imbondo!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Amar sem prioridades


Que loucura de mundo idiota
colmado de males em horta!
Quanta dor, meu Deus, sinto,
mas sobre amor, fato!, não minto!

Espadas banhadas de inveja ...
Meu coração voa morto, veja!
Que Golpe arrancou meu peito
em qual pleito está meu teto!?

Mil espadas na alma triste(s)
ajuda dos médicos!? Nenhuma!
Estamos, agora, cabalmente quites!

Se Amor é decisão, morte é omissão!
Agora, retira as espadas- tuas propriedades!,
Pois a omissão é amar sem prioridades!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Há primaveras ...


Por que, meu amor? Por que estamos longe?
Embora o motivo seja teso para isso, não quero que se prolongue!
A distância matando o amor!? Parece loucura! ...
Mas sem interação não há nada(nem mesmo o nada), sem “química” não há cura!

Uma chama de fogo eterno que não durou sequer uma primavera ...
Passam-se os dias e vejo outras flores e penso: o que ela, agora, celebra?
Para que, meu amor, me serve agora senão para minha verve!?
Pelo menos minhas memórias, meus sacrifícios quero que conserve.

Eu pensava, na esperança de um poeta, que a distância não passasse o amor
- Teogonia de poetas abrange infinitudes amorosas, mas o escopo dela é esse …
Em clímax supremo e imbatível eu ficaria se tu, meu amor, renascesse!

Por que, meu amor? Por que estamos pensando que está tudo acabado?
Nunca que ante meu tesouro, embora distante, eu ficaria calado! …
Em todos os anos há primavera e em uma delas eu estarei com ela! … Há primaveras! ...

domingo, 8 de fevereiro de 2015

“Xifópago” em atraso

Posteguei teu amor e inusual dor senti!
Nunca havia pensado que tal amor
seria um Fantasma de Tanatos sem ti!
Sem teu calor, tão perto parece o bolor …

Xifópago em atraso me tornei …
Todas as fotos, todos os beijos queimei!
Agora torço pela maior fênix do universo ...
Ora, como a cinzas me unirei!? Que fenômeno complexo!

Os dias se tornaram insípidos sem teu gosto
Não pude salvaguardar nem teu mais breve gozo!
Acometido pelo espúrio egoísmo te perdi, e agora nem vivo sem ti …

O Itinerário de um xifópago em atraso é sem sacrifícios
da torre ele nunca desce, enquanto não ver o que perde.
Somente um amor perfeito me fará esquecer dos teus ofícios!